D. Tomás Balduíno foi um dos responsáveis pela fundação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
De 1967 a 1998 foi bispo da Diocese de Goiás. Foi personagem fundamental no processo de criação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em 1972, e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 1975. Foi presidente do CIMI, de 1980 a 1984, e presidente da CPT, de 1999 a 2005.
Em julho de 1976, Dom Tomás foi ao sepultamento do Padre Rodolfo Lünkenbein e do índio Simão Bororo, assassinados pelos jagunços, na aldeia de Merure, no Estado do Mato Grosso. Enquanto esteve à frente a Diocese de Goiás, procurou seguir a linha do Concílio Vaticano II e da Conferência de Medellín (1968).
Em 2 de dezembro de 1998 tornou-se Bispo-emérito de Goiás.
Em 2002, recebeu a medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira, da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, e o Título de Cidadão Goianiense, da Câmara Municipal de Goiânia.
Em 2003, foi designado como integrante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, CDES, do Governo Federal, mas não se manteve muito tempo nesse cargo, pois avaliou que pouco ou nada contribuía para as mudanças almejadas pelo povo Brasileiro. Foi também nomeado como integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Em 2006 recebeu o Prêmio de Direitos do Homem Dr. João Madeira Cardoso, pela Fundação Mariana Seixas, de Viseu, Portugal, em colaboração com o Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados. Também em 2006, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Católica de Goiás por sua luta pela cidadania e direitos humanos. Seis anos depois, recebeu honraria idêntica pela UFG. Em 2008 recebeu o prêmio Reflections of Hope, da Oklahoma City National Memorial Foudation, como exemplo de esperança na solução das causas que levam a miséria de tantas pessoas em todo o mundo. De 22 a 29 de março 2009 foi a Roma para participar às palestras em homenagem de Dom Oscar Romero e dos 29 anos do seu assassinato.
Em abril de 2014 ficou internado de por dez dias em Goiânia, falecendo em decorrência de uma tromboembolia pulmonar no dia 2 de maio de 2014. O corpo de Dom Tomás Balduíno foi sepultado no dia 5 de maio, no interior da catedral Nossa Senhora de Santana, na cidade de Goiás. Ao velório e enterro do bispo, compareceram trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra, indígenas e religiosos, além de autoridades locais e a população em geral. Segundo comunicado divulgado pela Comissão Pastoral da Terra, “Dom Tomás lutou por toda sua vida pela defesa dos direitos dos pobres da terra, dos indígenas, das demais comunidades tradicionais, e por justiça social.
Dom Tomás Balduino
Bispo Emérito da Diocese de Goiás/GO.
*31.12.1922
+02.05.2014
Homenagem do Núcleo de Agroecologia e Educação do Campo – Gwatá/UEG.
Fonte: CPT, CIMI, Gwatá.
Viva Dom Tomás Balduino. Vive.